2.6.13

Momentos Parados no Tempo

     
     Alguns momentos da nossa vida ficam encantados, congelados no tempo como que por mágica. Quando se lembra deles, parece que aconteceram independente da época, do ano. Tive a sorte de viver alguns assim, deslocados da linha do tempo.
     Um deles aconteceu dentro de um café. Chovia e era um domingo de um começo de primavera gelado, sem muitos atrativos. A rua vazia, em uma hora pré-almoço e de comércio fechado, parecia pedir que nos refugiássemos no único café aberto.
   Como em um sonho ou uma recordação como esta, só estávamos eu e meu marido no lugar. Então chegou uma outra pessoa. Essa cliente trazia consigo um pequeno cão. E de todos os lugares disponíveis, veio sentar-se justamente em uma mesa ao lado da nossa.
    Seu cão foi amigável e carinhoso e por causa dele começamos uma conversa. Foi assim que descobrimos uma pessoa incrível, cheia de histórias a contar e nos acrescentar. O mundo entrando pelos ouvidos. Depois de nos encantar com a história de como ela resgatou o bichinho, em outro canto, de uma situação de maus tratos e de como ele se tornou seu companheiro, saíram gentilmente despedindo-se.
   Pagamos nossa conta e saímos logo depois, mas a mulher com o cãozinho havia desaparecido na rua vazia. Bem, não totalmente, uma vez que não sumiu da minha lembrança.

16.5.13

Vulcão

É tão óbvio assim o significado de sonhar com um vulcão? Sonhei com dois... Acho que a mensagem me atingiu em cheio.


Passei o dia pensando nessa letra.

13.5.13

Feche os olhos


Young Girl Dreaming - Paul Gauguin - 1881


As coisas não saem como se planeja, o sono não entra em acordo com os planos e com os planos de sonhar e se sonha acordado. O acordo é planejar o sonho, mas sonho não se planeja, planeja? Eu acordo e planejo o sonho.

6.5.13

Blue Monday

É difícil deixar pra trás velhos hábitos. Sou apegada a muitos, tantos que posso me considerar especialista neles. Na verdade, o que acho mais difícil é perceber que uma fase já passou, que não me serve mais. Já até falei disso antes:

"O que será preciso para entender que uma fase acabou e que a mudança é inevitável?
Será que é preciso tropeçar nas pegadas para constatar que os pés não cabem mais ali?
É preciso se libertar do cabresto da rotina?"

 O fato é que apesar de ter escrito isso há muito tempo, ainda funciono do mesmo modo e isso me deixa muito irritada e magoada. Queria poder mudar sem dor, mas aparentemente isso faz parte do processo. Preciso aceitar as estações, as coisas e as pessoas que são impermanentes.
Quero prolongar o sentimento do meu sonho dessa noite, deixar registrado mesmo. Apesar de ter sido um sonho longo, o que me interessa é o final, onde se revelou um conceito que conscientemente eu ainda não havia compreendido, que é a individuação. Enxerguei com muita clareza o "tornar-se si mesmo" e me senti plena, feliz. Conscientemente ainda preciso usar o sonho como meta.

5.5.13

DoRmingo

Dia de dormir até mais tarde, de cochilar durante a tarde, mas dia de sentir aquela dor que vem quando se para e pensa na vida. Sempre dá pra achar algum problema, algum defeito.

Apesar de ir piorando, acordei rindo do meu sonho e tentei espremer ao máximo a sensação. É tão bom quando se sonha com um roteiro praticamente pronto. Dessa vez o meu foi caprichado e o protagonista foi o Brad Pitt. Que meu inconsciente conseguiu enfeiar. Mas ele era um personagem e eu sabia disso. O "filme" era ambientado em outra época, acho que começo do século XX (tenho sonhado muito com os anos 20, 30) e ele tinha um grande inimigo que era um outro ator, que não lembro o nome. Esse inimigo seria derrotado no final, eu pensei. A feiura do personagem do B. Pitt era porque ele tinha os dentes tortos e fora de lugar e apesar disso eu pensava "e olha que mesmo com essa dentadura ele ainda é mais gato que o outro, hehehe". O personagem era muito esperto e conseguia entrar em um grande prédio de consultórios, pegando óculos emprestados de outra pessoa e usando um chapéu coco bem pequeno, que apesar de tudo ficava equilibrado no alto da cabeça. Não parecia nem o Carlitos e nem Gordo e Magro, mas se vestia com roupas parecidas. Usava um paletó cinza claro e um colete azul claro. As pessoas não viam sua dentadura e ele se fingia de mudo e vivia muitas situações cômicas. Eu ficava torcendo pra dar tudo certo e ele conseguir arrumar a boca. O sonho acabou antes disso, mas fiquei com a impressão de que deu tudo certo.

2.5.13

A sombra da árvore - dia 02/05/13

A parte mais bonita desse sonho foi receber em casa as minhas avós. As bisavós. Havia um grande banco de madeira, ou eu que era muito pequena em relação a tudo. Do lado direito o pai, meu pai. Do lado esquerdo a mãe da mãe. Absolutamente divertida, leve e feliz. Brincando de deitar no meu colo. Em algum lugar que parecia ser dentro da minha mente, ou atrás de mim, a voz da minha mãe. Explicando o quanto meu pai considerava uma das senhoras que se sentaram conosco, por ser a irmã da mãe dele. Eu nem vi a tia Natália ali. 
Mudamos de lugar e agora o cenário era uma escrivaninha sob a sombra de uma árvore enorme. Em cima dela havia um caderno onde a história do meu pai estava escrita. Eu tentava reescrever essa história, mas o caderno precisava ser todo passado a limpo.
Ah, as lições do meu inconsciente...

1.5.13

Sonho de 30/04/2013

Sonho com uma guerra. Primeiro sou um homem que se apaixona por uma mulher cativa e que para resgatá-la, enche uma sala de água, para que o captor morra, pois ele e a mulher usam algo que permite respirar sob a água. É como o artifício usado por Tony, em Dr.Parnassus.
Nessa guerra, trabalho em um sanatório e estou ciente o tempo todo de que há uma dualidade, e assim uma  autoridade a ser combatida, que deseja exterminar "doentes". O prédio é decadente, a sensação é de urgência o tempo todo e sinto que perco um bom tempo procurando abrigo para as pessoas ameaçadas. Uma das pessoas é identificada como a rainha Victória. Isso é um sonho, afinal.
Nessa ânsia de alojar as pessoas, me encontro em uma sala com uma grande janela e ali posso ver, voando bem para onde estou, uma enorme frota de helicópteros. No meio do sonho, digo a mim mesma que preciso ser coerente com a época e imediatamente percebo que os pilotos usam perucas ¬ ¬.