6.5.13

Blue Monday

É difícil deixar pra trás velhos hábitos. Sou apegada a muitos, tantos que posso me considerar especialista neles. Na verdade, o que acho mais difícil é perceber que uma fase já passou, que não me serve mais. Já até falei disso antes:

"O que será preciso para entender que uma fase acabou e que a mudança é inevitável?
Será que é preciso tropeçar nas pegadas para constatar que os pés não cabem mais ali?
É preciso se libertar do cabresto da rotina?"

 O fato é que apesar de ter escrito isso há muito tempo, ainda funciono do mesmo modo e isso me deixa muito irritada e magoada. Queria poder mudar sem dor, mas aparentemente isso faz parte do processo. Preciso aceitar as estações, as coisas e as pessoas que são impermanentes.
Quero prolongar o sentimento do meu sonho dessa noite, deixar registrado mesmo. Apesar de ter sido um sonho longo, o que me interessa é o final, onde se revelou um conceito que conscientemente eu ainda não havia compreendido, que é a individuação. Enxerguei com muita clareza o "tornar-se si mesmo" e me senti plena, feliz. Conscientemente ainda preciso usar o sonho como meta.

Um comentário:

Isa disse...

dou por mim a pensar nisso tantas, tantas vezes, tantas… no vazio que fica com a ausência, se é mesmo assim, se é mesmo para ir cada um à sua vida… a vida prova-nos que sim, mas tanto tempo depois que quando volta a acontecer já não nos lembramos e a mesma dúvida surge, o diabo...