27.3.06

Memória Musical

A Fal lembrou Adoniran outro dia, e eu ouvi a Inezita nesse final de semana. Ô coisa boa!!!

Marvada Pinga

Inezita Barroso

Composição: Ochelsis Laureano

Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu pego no copo e já dou meu taio
Eu chego na venda e dali não saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar nunca dei trabaio
Oi lá
Sempre bebo a pinga
Porque gosto dela
Bebo da branquinha,
Bebo da amarela
Eu bebo no copo, bebo na tigela
Bebo temperada com cravo e canela
Seja em qualquer tempo vai
Pinga na goela
Oi lá
Venho da cidade
Já venho cantando
Trago um garrafão
Que venho chupando
Venho pro caminho,
Venho trupicando
Chutando o barranco
Venho cambetiando
No lugar que eu caio
Já fico roncando
Oi lá
Não largo da pinga
Nem que eu tome pito
Que é de inclinação eu acho bonito
O cheiro da pinga fico meio aflito
Bebo uma garrafa e já quero um litro
Já fico babando crio dois espírito
Oi lá
Pinga temperada eu não modifico
Quem manda no bule
Eu chupo no bico
Vou rolar na pueira
Que nem tico-tico
Vou de quatro pé destripando o bico
Junta a mosquiteira
Mas eu não implico
Oi lá
A muié me disse
Ela me falou
Largue dessa pinga
Peço por favor
Prosa de muié
Nunca dei valor
Bebo no sol quente
Pra esfriar o calor
E bebo de noite pra fazer suador
Oi lá
A muié me disse
Largue de beber
Pois eu com essa pinga
Hei de combatê
Você fique quieto largue
De tremer
Depois que se embriaga
Não levanto ocê
Vô deixá da pinga
Só quando eu morre...

23.3.06

Vamos lá!

1. Pegue o livro mais próximo de você
2. Abra o livro na página 23
3. Ache a quinta frase
4. Poste o texto em seu blog junto com estas instruções

"A gargalhada dela enche todo o andar."
O Nome da Cousa, Fal Azevedo

19.3.06

Os Dez Melhores Shows

Ótima idéia, Monix!
Mas lembrar os dez melhores é covardia. Eu posso ficar dias aqui falando de bons shows...
Enfim, os que tiveram as histórias mais marcantes foram:

1- Live (novinho, novinho, do palco do Aeroanta, 1993)
2- Roberto Menescal (Companhia Sarau, história viva e céu estrelado, 2004)
3- Legião (meu primeiro show de verdade, Unicamp, 1986)
4- Milton Nascimento ("amigo é coisa pra se guardar", Unicamp, 1989)
5- Rolling Stones (molhado até a alma, Pacaembu, 1995)
6- Paul McCartney (Hey Jude, Pacaembu, 1995)
7- Sting e James Taylor (de uma tacada só, show vazio no Sambódromo de Sampa, 1995)
8- Rush (perfeito do começo ao fim, Morumbi, 2004)
9- Skank (show do cd independente, Aeroanta, 1993)
10- Daniela Mercury (show de lançamento do primeiro cd, Aeroanta, 1991)

E hors concours, claro:
Todos os shows do Pink Floyd cover ;o)

14.3.06

livronovodafal@gmail.com

"Neguinho acha que a gente tem que ser feito aqueles calendários da seicho-no-iê: só alegria, mensagens de alto astral, Jogo do Contente e quejandos. Senhores, o acesso à putidão e ao mau humor é direito garantido pela Constituição."

Ah, sim, eu já tenho o meu, hohoho

Pede lá! Mas pede já!!!

Utopia


Depois de ler notícias como essa e depois de um dia como o meu hoje, é uma benção achar uma exposição online sobre Utopia.
Ah, dá licença que eu quero mais é botar minhas asinhas de Ícaro e voar mesmo...



E essa bandeira fraternal, não é familiar?

13.3.06

Estréia

Eu tenho calafrios de delícia e medo nas estréias, mas adoro a sensação.
E hoje eu estréio lá no Condomínio Brasil.

Apareçam!

9.3.06

Manias, manias...

Fui intimada, mas não me intimidei...

"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

Minhas manias estão tão fincadas na minha rotina que tem horas que eu esqueço delas e fica até difícil dizer o que é e o que não é mania.

Tenho muitas manias de mãe. Mania de examinar os pescocinhos das crianças pra ver se não estão com gânglios, mania de querer saber a cada minuto onde estão e o que estão fazendo, mania de olhar pra piscina de meia em meia hora até quando a casa tá trancada, e é claro, a mania de checar a respiração deles durante o sono.

Além dessas, ainda tenho manias de dona-de-casa, e olha que eu nem me considero como, tal o desastre que sou quando o assunto são os afazeres domésticos. De todo jeito, eu tenho mania de separar os talheres por tamanho e categoria, mania de varrer o chão antes de fazer qualquer coisa na cozinha e de separar as roupas por cor, mesmo que o armário não seja a coisa mais arrumada da casa.

A mania que mais incomoda e que é incontrolável, atualmente, é a de tentar descobrir o que motiva as pessoas a colocar determinados nomes em estabelecimentos comerciais. Se eu leio uma placa com nome estranho já vou logo pensando que se trata de uma associação das iniciais dos donos, nomes ao contrário (e tem muito!), as iniciais dos nomes dos filhos... enfim, esses gênios da publicidade me fazem sofrer com essas marcas péssimas!

E essa mania ainda tem uma mania complementar: toda vez eu penso em entrar na loja e perguntar pelo nome que eu “decifrei” pra ver se acertei ou não. Penso toda vez em entrar na Oirad e perguntar pelo senhor Dario, por exemplo...

Acho que cheguei até tarde na brincadeira, então ao invés de intimar, só me resta apreciar as manias alheias:
Clau
Maloca
Lígia
Lili
Duas Fridas
Telinha

Todo mundo tem alguma mania. Conte a sua também!

2.3.06

1.3.06

Passado a limpo

Minha memória olfativa tem se sobressaído ultimamente e meu nariz anda me levando direto ao coração. Foi sentir numa manhã o cheirinho de roupa recém lavada no quartinho de passar pra ele se inflar com uma memória muito antiga, que de tão longe da cabeça me obrigou a uma viagem auto-investigativa de volta.

Quis encontrar a mãe dessa lembrança, a pessoa a quem eu tinha relacionado aquele aroma. O pensamento me levou de volta a todas as áreas de serviço da família, todos os bastidores das casas e das suas pessoas. Algo tão íntimo...

O “quartão” da mãe da mãe e a máquina de costura centenária, praticamente um museu de família. A salinha bem iluminada da casa da irmã da mãe, que cheirava a tinta a óleo e sempre tinha uma tela secando. Minha primeira área de serviço, a apenas um passo da cozinha. O quarto da casa onde cresci e todo o passado engavetado, ensacolado e mofado.

Detive-me na memória do sobradinho de vila da mãe do pai, sua sacada sempre prestes a desabar, o mármore da mesa de centro, os enfeites que esquadrinhávamos, a despensa apertada debaixo da escada e... sim, um quartinho que tinha aquele cheiro!

Uma máquina de costura equilibrando outra mesa, mantas e toalhas, lençol listrado, franqueza e colo de vó.

E a roupa limpa da família.

Avante 2006

Tanto em tão pouco tempo.

Nada de substancial.

Melhor assim.