Eu queria, às vezes, ser de vidro. Pra me despedaçar em um milhão de cacos contra a parede.
Queria ser feita de barro e me espremer com força entre dedos poderosos.
Queria ser líquida e escorrer pelas frestas do piso de madeira ou simplesmente descer pelo ralo num dia ruim.
Queria ser um dente-de-leão no olho de um furacão.
Queria ser volátil e apenas evaporar. Sumir. No ar.
(01/02/06)
Começos, começos, começos, recomeços... Rabiscos, textos, amuletos. Entre, mas não pise a grama.
2.10.12
25.4.12
Medusa
Acordo medusa com sofreguidão
e para onde lance a vista
abarco meu rol de conquistas
Tenho feras na palma da mão
e fome de novas visitas
Alistando tentáculos
lanço-me à procura
Deslizo e enlaço
em abraço infinito
um novo hoste
inadvertido
somando ao acervo
o novo monolito
Penso que posso
miro e encalço
em abraso doído
a peça que sonhei
para meu marido
Ele agora é meu
e faz parte desse museu
de amores petrificados
Adormeço viúva na solidão
companheira do meu passado
Todos possuo sem nenhum ter
Silvia
Fernandes
29/09/06
Oficina
Literária, módulo III
Exercício:
Animal
11.2.12
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