28.6.06

Miau

Passear pelo SOS Gatinhos me fez lembrar dos bichanos que já passaram pela minha vida.
Conta a minha mãe, que na minha primeira infância acolhi um gatinho de rua e depois de alimentá-lo a tarde inteira só pra ficar olhando o jeitinho dele ao beber leite, acabei dando-lhe o nome de Gololinho.
O Gololinho era um grande companheiro da minha cachorrinha Tetéia, que assim como ele não se deixava fotografar. Foi com ele que eu aprendi que gatos não gostam de mudança. Algum tempo na casa nova e meu gatinho sumiu e o final dessa história é bem triste.
Depois dele, ficou o trauma, mas fiz amizade com outro gatinho de rua, que me inspirou a escrever, dia desses:

A janela estava sempre aberta, como até hoje, aliás, só não conte a ninguém, por favor. Pode vir sempre que seu caminhar quiser que eu tenho um colo sempre pronto e à espera. Quentinho como daquela vez que você veio numa tarde azul e se deixou aquecer pelo meu calor. Prometo não pesar a mão inquieta do meu desejo sobre a sua liberdade e me contentarei em ser espectadora da sua mansidão.

Eu e Tetéia na única foto dela

26.6.06

SOS Gatinhos!



Tô toda prosa e tão feliz, mas tão feliz...
A Leila, que faz desse mundo um lugar melhor para pessoas e gatinhos com o SOS Gatinhos,
contou com a generosidade de pessoas talentosíssimas e iluminadas como a querida Denize para fazer uma rifa para ajudar a pagar o tratamento dessa gatinha fofa da foto.
Acontece que... A SORTeUDA FUI EU!!!
:o)))))))))))

, querida, prometo que vou cuidar muito bem desse tesouro!

Importante: Tá rolando outra rifa lá na Leila. Vamos lá!

12.6.06

A Trama

Fio convida a agulha para seu par

A moça cede a mão e o passo acerta

De um canto no balanço desperta

Uma certa velha que afia o olhar


Dedo de moça conduz a dança

Agita a reta e atiça a fita

Por entre meandros baila e trança

toma corpo, feitio e vida


Aranha ao sabor do tempo, levita

pairando em prumo sobre o solo

Lança ao vento a teia parida


A senhora embala no colo

de amores, a alma feito criança

a nova trama recém tecida

11.6.06

De sonho e de pó

Me emocionei muito lendo essa materia da revista Época, de hoje.
Reveladora, tocante e muito bem escrita. Não perca.

"Postou-se diante de uma banca de jornal e pediu: "Moço, vosmecê tem uma carta de ABC?". O moço tinha. Deu até de presente. "Coloquei o abecedário, o primeiro livro fundado no Nordeste, debaixo do meu chapéu de couro e andei com ele na cabeça por cinco meses", diz Severino. "Tinha ouvido falar que a ciência do livro vai passando para a cabeça." Por sorte também estudou um tanto na boléia do caminhão. O tio avisou: "Vai ficar traumatizado de tanto ler".