Mãos nas mãos atrás das costas, olhos fechados, a bocona aberta na espera incerta da surpresa certa, a língua imaginando o doce, o corpo todo querendo se suspender na ponta dos pés, já meio bambo.
É assim que a vida me parece, muitas vezes.
Há dias em que ela me dá uma colherada de doce e noutros, uma colherada de fel.
Alguns dias eu engulo com prazer, outros eu quero mais é cuspir!
5 comentários:
Lindo texto Sílvia! A vida é realmente uma sucessão de bons e maus momentos, mas no fim sempre vale a pena abrir a boca e tomar mais uma colherada desta coisa pastosa e incompreensível que chamamos de vida.
Abs da Ju
Sil, que coisa incrível a idéia do teu texto. Essa semana até aqui ganhei colheradas de doce e de fel. Me alegrei e me entristeci, quis mais e quis cuspir. Vou tentar de tudo pra não abrir a boca quando for fel, mas se for inevitável, fazer por onde não seja tão indigesto, e não alimente os meus dias, nem contamine minha alma. Tenta aí, também. Beijo e quinta doce aí.
Acho que o certo é você tentar sempre engolir com prazer.
Belo recorte da vida.
E a senhora é uma perfeita contista.
Beijos
Agora vou comentar todos os posts de uma só vez, há!
O post é lindo, mas me fez pensar numa piada infame, que eu só tenho coragem de contar via ICQ. Apareça. :*
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