Acordo medusa com sofreguidão
e para onde lance a vista
abarco meu rol de conquistas
Tenho feras na palma da mão
e fome de novas visitas
Alistando tentáculos
lanço-me à procura
Deslizo e enlaço
em abraço infinito
um novo hoste
inadvertido
somando ao acervo
o novo monolito
Penso que posso
miro e encalço
em abraso doído
a peça que sonhei
para meu marido
Ele agora é meu
e faz parte desse museu
de amores petrificados
Adormeço viúva na solidão
companheira do meu passado
Todos possuo sem nenhum ter
Silvia
Fernandes
29/09/06
Oficina
Literária, módulo III
Exercício:
Animal
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