11.12.11

Alma Matters*

Quando eu tinha 7 anos, perdi um colega de classe. Aí ganhei essa melancolia que me acompanha quase que como uma amiga, tão conhecida já. A vida ficou perigosa por um tempo. Era um risco respirar, era um risco me sentar e um perigo mortal ouvir o telefone tocando. Foi nessa época que criei minha visão de vida "expectativa de um ano a mais". Funcionava assim: aos 7 eu achava que não sobreviveria aos 8, aos 8 os 9 eram incertos e nebulosos e os 10 foram um vitória particular sobre as piores previsões.
Não espere ou espere o inesperado.
E agora estou aqui entre encantada e chocada com o desenho desse caminho.

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Sinto desejo/necessidade/vontade de ser telepata muitas vezes. Não é só preguiça, é vontade de falar uma coisa naquele exato momento pr'aquela pessoa específica. Que sumiu no mundo. É, ainda tem gente que some no mundo, mesmo com internet.

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Uma cena que me mata de saudade: domingo de manhã, me esgueirando na cama dos meus pais, esperando ouvir pela milésima vez a historinha inventada pra mim.
"Ele seguia as luzes da fada e ia para casa encontrar a mãezinha, com um ramo de flores nas mãos e o coração cheio de amor".

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Também sou do clube dos adoradores do limão, Fal. E digo mais, eu amo os perfumes cítricos. Não sobre a minha pele. Sei lá por que raios eu não ligo pra perfume na pele, mas amo os perfumes no ar.
E daí que eu trouxe uns vidrinhos de Água de Colônia, da cidade de Colônia. E podem achar brega, podem achar démodé, datado e sei lá mais o que, mas quando eu abro aquele vidrinho minúsculo sou transportada para outra realidade. Mais leve, mais alegre, mais bonita.


* Morrissey



Um comentário:

fal disse...

quem sou eu pra char alguém demode, Sil, meu perfume de noite é o Anais Anais. Somos umas véias sem salvação.